Nossa declaração de fé
1. As Sagradas Escrituras
Os 66 livros da Sagrada Escritura são a Palavra inspirada, infalível e inerrante de Deus
e, portanto, nossa única regra suficiente de fé e de obediência. A ela nada em tempo algum
se acrescentará, quer por nova revelação do Espírito, quer por tradições de homens.
2. Deus e a Santíssima Trindade
Deus é somente um em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espirito Santo. Ele é um espírito
invisível, santíssimo, imutável, eterno, todo-poderoso, autossuficiente, onipresente,
onisciente, amantíssimo, gracioso, misericordioso, longânimo e soberano sobre tudo e
todos.
3. O Decreto de Deus
Desde toda a eternidade, Deus decretou todas as coisas que iriam acontecer, porém, de
um modo em que Deus em nenhum sentido é o autor do pecado, nem se torna corresponsável
pelo pecado, nem faz violência à vontade de suas criaturas, nem impede a livre
ação das causas secundárias ou contingentes. Pelo decreto de Deus, alguns homens e
alguns anjos são predestinados para a vida eterna, para louvor da sua graça gloriosa.
Deus escolheu aqueles que são predestinados para a vida por sua livre graça e amor,
nada havendo em suas criaturas que servisse como causa ou condição para essa escolha.
Os demais são deixados em seu pecado, agindo para sua própria e justa condenação; e
isto para louvor da justiça gloriosa de Deus.
4. A Queda do Homem; O Pecado e sua Punição
Deus criou nossos primeiros pais justos e perfeitos. Mesmo assim, Adão, sem ser compelido,
transgrediu voluntariamente a ordem de Deus. Sendo eles os representantes de
toda a humanidade, a culpa do pecado foi imputada a toda a sua posteridade, e a corrupção
natural passou a todos os seus descendentes, visto que todos são concebidos em pecado.
5. Cristo, o Mediador
Aprouve a Deus destinar o seu Filho unigênito, para ser o Salvador de sua Igreja; o qual
foi concebido pelo Espírito Santo, no ventre da virgem Maria, verdadeiramente Deus e
verdadeiramente homem. Por sua obediência perfeita e pelo sacrifício que fez de si
mesmo morrendo crucificado, o Senhor Jesus satisfaz plenamente a justiça de Deus, e
assim obteve a reconciliação e herança eterna no reino dos céus, para todos quantos lhe
foram dados pelo Pai, tendo morrido pelos pecados deles. Ao terceiro dia, Ele se levantou
dentre os mortos, com o mesmo corpo em que havia sofrido, e com o qual ascendeu
ao céu, onde está entronizado a destra do Pai, como intercessor.
6. Livre Arbítrio
Com a queda no pecado, o homem perdeu completamente toda a sua habilidade volitiva
para aquele bem espiritual que acompanha a salvação. Por isso, o homem natural não é
capaz de se converter por seu próprio esforço, e nem mesmo de se dispor a isso.
7. A Chamada Eficaz
Aqueles a quem Deus predestinou para a vida, Ele chama eficazmente, no tempo por
Ele mesmo determinado, por meio de sua Palavra e de seu Espírito, trazendo-os irresistivelmente
para Jesus Cristo. No entanto, eles vêm a Cristo espontânea e livremente,
porque a graça de Deus lhes dispõe o coração para isso.
8. A Justificação
Aqueles a quem Deus chama eficazmente, Ele também os justifica, gratuitamente, por
imputar-lhes a obediência ativa de Cristo (a toda a lei) e sua obediência passiva (na
morte), como total e única justiça deles. O dom da justificação é recebido por meio da
fé somente. Porém, a fé é sempre acompanhada de todas as outras graças salvadoras; e
não é uma fé morta, pois atua pelo amor.
9. A Perseverança dos Santos
Os que receberam a fé não podem decair totalmente nem definitivamente do estado de
graça. Antes, hão de perseverar até o fim e ser eternamente salvos.
10. A Lei de Deus
Deus outorgou à humanidade, desde Adão, uma lei moral. Para sempre a lei moral requer
obediência de todos, tanto de pessoas justificadas quanto das demais.
11. Adoração Religiosa e o Dia Do Senhor
A maneira aceitável de se cultuar o Deus verdadeiro é aquela instituída por Ele mesmo,
e que está bem delimitada por sua própria vontade revelada. A adoração religiosa deve
ser dada a Deus somente e tem como elementos: a oração, a leitura das Escrituras, a
pregação e o ouvir da Palavra de Deus, o ensino e a advertência mútua, o louvor, com
salmos, hinos e cânticos espirituais, a administração do Batismo e a Ceia do Senhor. Por
instituição divina, é uma lei universal da natureza que tempo seja separado para a adoração
a Deus. Desde a ressurreição de Cristo, o primeiro dia da semana é chamado “Dia
do Senhor”, tendo sido abolida a observância do último dia da semana.
12. Matrimônio
O casamento é para ser entre um homem e uma mulher. Não é lícito ao homem ter mais
de uma esposa, e nem à mulher ter mais de um marido, ao mesmo tempo.
13. A Igreja
Todos os crentes têm a obrigação de congregar-se em igrejas locais, quando lhes seja
possível. Cada igreja local, que consiste de oficiais (anciãos e diáconos) e membros, é
subordinada diretamente a Cristo, não estando sujeita a disciplina nem resoluções procedentes
de outras igrejas ou poder eclesiástico.
14. Batismo e Ceia do Senhor
O Batismo por imersão e a Ceia do Senhor são ordenanças de Cristo somente para as
pessoas que, de fato, professam arrependimento, fé e obediência ao Senhor Jesus.
15. A Ressurreição dos Mortos e Juízo
Após a morte, as almas dos justos são aperfeiçoadas em santidade e recebidas no paraíso,
enquanto as almas dos ímpios são lançadas no inferno, onde permanecem em tormentos.
Em um dia que não será conhecido até que venha, Cristo voltará para ressuscitar
os mortos e julgar homens e anjos. Os santos que estiverem vivos naquele dia não
morrerão, mas serão transformados. Todos os mortos serão ressuscitados com os seus
mesmos corpos. Os injustos ressuscitarão para a desonra e o tormento eterno, enquanto
que os justos ressuscitarão para a honra e a vida eterna.